quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

SOBRE A AUTORA E SUA OBRA

>>> Peça teatral - Os dois mundos de Madalena


Homenagem à autora, dia 9 de junho de 2009, 

pela Faculdade São Miguel, segundo período 
do curso de administração, disciplina Filosofia 
ministrada pelo professor  Martinho Gomes.   






>>> Homenagem pelo Colégio Santa Catarina no mês Internacional da Mulher





>>>Lançamento de SOBREVIVENTES
Livraria Cultura, 28 de julho de 2015










>>> O lavrador e o templo, poesia, Novo Horizonte
Premiação pela Academia Pernambucana de Letras 
Menção Honrosa no Prêmio Edmir Domingues de Poesia,  2007




>>> O rio, Canabrava e os homens
Foto pela autora revisitando a velha fazenda Canabrava 
submersa pela barragem de Itaparica, 1999





>>> Homenagem da União Brasileira de Escritores  em parceria com a Livraria Cultura, 2008,
pela contribuição à cultura pernambucana 
com apresentação e estudo da obra literária 
pelos escritores e acadêmicos Cyl Gallindo, 
Alexandre Santos e Lourdes Sarmento









>>> O Rio São Francisco na Obra da autora

"Amo ainda uma coisa dos nossos grandes rios: 
sua eternidade. Sim, rio é uma palavra mágica 
para conjugar eternidade".    
                                          
                                                                                                                                Guimarães Rosa

 Ritmo das águas vivas

Bem dentro de mim armazenei
do São Francisco ilhas, barcos, capinzais
Cajus, goiabas,peixes, frutos de água doce
o clima fresco, o cheiro verde, o arrozal

Moinhos, rodas d’água, as carrancas
as pedras, os banhos, as roupas brancas
Gestos florais de cachoeiras e águas mansas
cheiro de argila e bebedouro nas vazantes

Moitas, arbustos, diademas de cipós
sombras da fauna, maretas, faixas de areia
Vitalidade permanente, tanto encanto,
tesouro antigo dos palácios das Sereias

A imensidão dos campos e rebanhos
culto aos pastores, agricultores, remeiros
Lições de vida, pores-do-sol, rituais
que o Vale tece como artesão dos milagres

Sementes, pétalas, raízes em superfície
balsas de adubo rastreando as margens ativas
Daí por que de mim emanam, também, melodias
ou seiva do rio inteiro, em ritmo das águas vivas.

*In O lavrador e o templo


O rio e seus poetas
                               
                                           
Observo o velho rio
em berço de luz da tarde
profundo, silencioso

Sua forma natural
de se fazer ouvir, falar

De longe vens, velho rio
contigo e teus poetas

- Poetas, filhos amados
conduzem minhas verdades,
perenidade das águas
além das águas de mim

- Velho rio, a ordem é tua:
Canoa, pedra, carranca
flores de ervas e cactos
peixes, sementes da lua
do crepúsculo
                    ou sol nascente
És a vida pela vida
que em tudo ressurgirá

A tarde foi com seu manto
bordado de ouro e bronze
e nova canção de luz
vem do rio e seus poetas.                

** In O lavrador e o templo



MAIS>>>> http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com.br/












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